AGRONEGÓCIO
SLC Agrícola firma parceria de R$ 1 bilhão com fundos do BTG Pactual para expandir projetos de irrigação e terras agrícolas
AGRONEGÓCIO
A SLC Agrícola anunciou, em seu balanço do terceiro trimestre, um acordo de associação com fundos de investimento em participações (FIPs) administrados pela BTG Pactual Serviços Financeiros S.A. DTVM, que aportará R$ 1 bilhão para expansão de projetos agrícolas e de irrigação.
O objetivo da parceria é investir na aquisição e arrendamento de terras agrícolas, no desenvolvimento de infraestrutura e na celebração de contratos de parceria rural, fortalecendo o plano de crescimento da companhia no agronegócio brasileiro.
Estrutura do acordo e participação acionária
A operação prevê a criação de sociedades de propósito específico (SPEs), nas quais a SLC Agrícola deterá 50,01% de participação e os fundos do BTG Pactual, 49,99%.
A SLC contribuirá com ativos físicos e operacionais, incluindo a Fazenda Piratini, localizada na Bahia — uma das propriedades integrantes do projeto de irrigação divulgado anteriormente pela companhia —, além de infraestrutura e equipamentos agrícolas.
Os fundos do BTG aportarão R$ 1,033 bilhão, sendo R$ 914 milhões pagos à vista e R$ 119 milhões previstos para o segundo semestre de 2026.
Expansão de áreas e projetos de irrigação
Os recursos captados pelas SPEs serão utilizados para a aquisição de 21.471 hectares agricultáveis da Fazenda Paladino, atualmente de propriedade da SLC Agrícola, e para o financiamento de projetos de irrigação nas propriedades Piratini e Paladino.
Na Fazenda Piratini, o projeto já está em andamento e prevê, até 2026, a expansão de mais 6.303 hectares irrigados, totalizando 13.204 hectares.
Já na Fazenda Paladino, o sistema de irrigação será implementado a partir do zero, abrangendo 14.730 hectares, condicionados à obtenção de licenças ambientais e de uso de recursos hídricos, além da implantação de infraestrutura elétrica. A expectativa é que o projeto entre em operação entre 2028 e 2030.
Contratos de parceria rural e modelo de remuneração
Com o fechamento da transação, as SPEs — que serão proprietárias dos imóveis — firmarão contratos de parceria rural com a SLC Agrícola e a SLC Mit, responsável pela operação das áreas.
O acordo prevê o cultivo de grãos e fibras em regime de parceria, com divisão dos resultados obtidos. As SPEs receberão cerca de 19% da produção agrícola como forma de remuneração.
O contrato inicial terá validade de 18 anos, com renovação automática a cada três anos, garantindo estabilidade à operação.
Expansão operacional e estratégia de crescimento
Segundo a companhia, a operação reforça a estratégia de expansão da SLC Agrícola no Brasil.
“Essa transação, assim como a aquisição da Sierentz do Brasil, contribui diretamente para a expansão operacional da Companhia. O que já pode ser observado em parte nesse trimestre, com o aumento de área plantada refletindo a aquisição da Sierentz Agro Brasil Ltda., divulgada via fato relevante no dia 6 de março de 2025”, destacou a SLC em comunicado.
Com o aporte do BTG Pactual e a execução dos novos projetos, a SLC Agrícola consolida-se como uma das principais companhias agrícolas do país, reforçando sua presença em áreas de alto potencial produtivo e irrigado.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
AGRONEGÓCIO
StoneX projeta alta na emissão de CBIOs com retomada do etanol e estabilidade do biodiesel
A StoneX, empresa global de serviços financeiros e análise de mercado, divulgou novas projeções para o mercado de créditos de descarbonização (CBIOs), apontando um avanço gradual na geração desses títulos nos próximos anos. Segundo relatório da consultoria, o crescimento será impulsionado pela recuperação do consumo de etanol e pela continuidade do ritmo de produção de biodiesel no país.
Geração de CBIOs deve crescer 1,4% em 2025
A StoneX estima que a geração de CBIOs atinja 43 milhões de unidades em 2025, o que representa um aumento de 1,4% em relação a 2024. O crescimento modesto reflete uma expansão de 2,5% na demanda por biocombustíveis, liderada principalmente pelo biodiesel e pelo etanol de milho — segmentos com menor conversão em créditos de descarbonização.
Projeções para 2026 indicam aumento de 4,7%
Para 2026, a consultoria prevê que a geração potencial de CBIOs chegue a 45,1 milhões, um avanço de 4,7% sobre o volume estimado para 2025. Esse crescimento deve ser impulsionado por uma alta de 6,2% na demanda por etanol anidro e hidratado, além da manutenção da mistura B15 no biodiesel.
Segundo a analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Isabela Garcia, as perspectivas para o período são positivas:
“O mercado deve se beneficiar da recuperação do consumo de etanol e da manutenção do ritmo de crescimento do biodiesel. Ainda assim, fatores como a predominância do etanol de milho e o limite atual da mistura do biodiesel restringem um avanço mais expressivo na geração de CBIOs.”
A StoneX avalia que o crescimento poderia ser ainda maior caso o cenário inclua ampliação da produção de etanol de cana-de-açúcar e uma eventual adoção do B16, o que aumentaria o volume de biocombustíveis no mercado.
Metas de descarbonização e ajustes regulatórios do RenovaBio
No campo regulatório, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definiu a meta de descarbonização para 2025 em 40,39 milhões de CBIOs, uma redução de 5,1% em relação à proposta anterior de 2023, que previa 42,56 milhões.
Apesar da queda na meta global, as metas individuais das distribuidoras somam 49,4 milhões de créditos, pois a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) incorpora às novas metas o saldo não cumprido do ciclo anterior (10,7 milhões de CBIOs) e aplica abatimentos de 1,7 milhão de créditos para distribuidoras com contratos de longo prazo junto a produtores certificados.
Para 2026, o cronograma preliminar do RenovaBio indica uma meta inicial de 48,1 milhões de CBIOs, o que representa alta potencial de 19% em relação a 2025.
B3 aponta leve aumento na emissão de CBIOs em 2025
Dados da B3 mostram que, até outubro de 2025, foram depositados 35,79 milhões de CBIOs, um aumento de 1,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do avanço, a consultoria observa sinais de desaceleração na emissão nos últimos meses, um comportamento considerado sazonal e comum no encerramento do ano.
“O mercado caminha para um equilíbrio entre oferta e demanda, com ajustes graduais que reduzem a volatilidade dos preços dos créditos. A tendência é de estabilidade em 2025 e avanço mais consistente a partir de 2026, caso o cenário produtivo se confirme”, conclui Isabela Garcia.
Perspectiva do setor
O cenário traçado pela StoneX reforça o papel do RenovaBio como política central de incentivo à descarbonização da matriz energética brasileira. Com a retomada gradual do consumo de etanol e a estabilidade do biodiesel, o mercado de CBIOs deve manter um ritmo de crescimento moderado, mas sustentado, nos próximos anos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
-
AGRONEGÓCIO4 dias atrásSafra 2025/26 avança com bom ritmo de plantio e exportações recordes de soja e milho impulsionam o agronegócio brasileiro
-
ACRE5 dias atrásEm Marechal Thaumaturgo, Mailza acompanha ações do Projeto Cidadão e Juntos pelo Acre que beneficiam centenas de famílias
-
AGRONEGÓCIO6 dias atrásDoença representa risco significativo aos canaviais
-
AGRONEGÓCIO5 dias atrásCarne de búfalo ganha espaço no XVII Encontro Brasileiro de Bubalinocultores em Fortaleza
-
POLÍTICA6 dias atrásJarude critica criação de cargos e nomeação na Secretaria de Justiça: “Um tapa na cara de quem está no cadastro de reserva”
-
AGRONEGÓCIO6 dias atrásCrise do arroz é resultado de erros internos do setor, afirma executivo da Itaobi Representações
-
SEM CATEGORIA5 dias atrásFábio Araújo celebra o Dia Nacional da Cultura e destaca importância de valorizar tradições locais
-
AGRONEGÓCIO5 dias atrásNova diretora da RTRS visita fazendas e projetos sociais no Brasil para fortalecer produção de soja responsável



